quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Nada crê que a corrente pessimista
que me embala nesta profunda cova,
continue ou pare,subitamente, de engolir esta terra húmida,
misturada com inumeros restos mortais.
O incêndio que me queimara,absolutamente, o peito,
nunca fora sentido ou vivido por outrem.
Tentei...tentei conhecer,interiormente,a riqueza daquele ser.
O meu atrevimento criou raízes,que,posteriormente,sofreram cortes.
Pouco a pouco fui-me deteriorizando,até...até que me desfiz em cinzas.
E aqui estou eu.


Nunca pretendi ser assassino da minha propria inocência, vivi anos e anos neste ambiente tao hostil,sem peso na minha inconsciência. Anestesiaram-me,trancaram-me na mala dos pesadelos. O cadeado era mais forte do que a minha força interior. Estava com sede. Necessitava de ingerir raios de claridade! Em segundos senti a minha saliva a movimentar-se de um lado para o outro,morta por 7 oceanos à sua espera. Já nao me importara a salinidade. Senti o movimento com mais intensidade,o frio estava a descontrolar o meu encefalo. A mala abriu-se. Continuara a não ver a claridade. Sentia-me molhado,ingerido por litros de água. Aconteceu. Morri,consumido pelo mar,morri humano. Talvez seja peixe na proxima encarnação. Quem sabe? O destino vos responderá