sábado, 25 de junho de 2011


"You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do
Cause I will never be with you."
James Blunt



Cada efeito sonoro comanda a nossa pulsação.
Seguimos cada tom até ao último instante.
De que vale saborear o momento sem a presença do som?
É puramente belo ingerir cada acorde.
Uma coisa é certa:
Não te deixes influenciar até ao in extremis.
Isto porque esconder um sorriso equipara-se ao murchar de uma flor.
Podes ter os momentos mais fantásticos,contudo nós já deitámos "suor pelos olhos".
Eu pelo menos admito que já criei inúmeros lagos e lagoas com as minhas lágrimas.
Isto é causalidade da sensibilidade que jamais partirá de mim.
Não gosto de ser igual. Cansa!
Detesto ser uma escultura. Actualmente é o que se vê(...)
Infelizmente existem muitos olhos desfocados e muitas mentes corrompidas.
Quanto a ti:
Estás mais distante dia para dia.
Já não és carinhosa como só o Sol sabe ser.
Pelos poucos momentos que apreendeste de mim, lembra-te:
Se a música não te proporcionar um curativo,olha "cá para cima."
Estarei aqui à tua espera.

sábado, 18 de junho de 2011



"O tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem?"

Eu pergunto quanto tempo tenho para suavizar esta falta de carinho.
Estou sufocado pela saudade.
Passaram os momentos da inocência.
Tropecei em risos e em lágrimas.
Hoje em dia "construo caminhos entre o alvo e a seta".
A minha (Mãe) sempre me disse que podia criar um novo espaço só meu que durasse eternamente.
Bebi goles de solidão e fui obrigado a passar entre sombras.
Ironicamente, estou a escrever nesse mesmo espaço outrora procurado- "A Lua"
Está um frio silencioso aqui.
Preciso de um (abraço) que me aqueça o coração.
Doi permanecer sem qualquer contacto.
Sem qualquer meio de transporte, vou fluir com a (música) até ao meu cantinho real.
Estou a precisar de deixar os sonhos debaixo da almofada.
Amanhã é um novo dia.
Porém pergunto:

"De que serve ter o mapa se o fim está traçado?
De que serve a Terra à vista se o barco está parado?
De que serve ter a chave se a porta está aberta?
De que servem as palavras se a casa está deserta?"

sexta-feira, 10 de junho de 2011

PLAY


Manuel Duarte Chau Rocha.


START.

Sempre tive o desejo insaciável de me descrever.
Nunca consegui fazê-lo até hoje.
Só o acto de reflectir perturbava essa descrição.
Os meus sentimentos andam perdidos num corredor hospitalar à espera de tratamento.
Ultimamente tenho apenas registos de um estranho vazio coberto de poeira lunar.
Estou a precisar de me preocupar com a outra peça do puzzle que não encontro.
Não posso procurar.
Tenho de agir com naturalidade para que ela brevemente me complete.
É complexo absorver o que sou e o que não sou.
Palavras como: "Teimosia","Sensibilidade","Vaidade","Bipolaridade" ilustram uma parte de mim.
Ao que parece já ninguém valoriza essas mesmas.
Guardo em mim pequenos segredos.
Outros de maior dimensão escondo nas crateras da Lua.
Ainda me recordo do "Mundo Perfeito" em que vivia enquanto criança.
Não me divertia apenas.Todas as expressões era bem mais salientes e mais partilhadas.
Quem é que liga a elas nos dias que correm mais depressa que as correntes marítimas?
Sonho muito com o dia de ontem.
Tento viver o dia de hoje tanto como o que passou.
Preocupo-me com o dia de amanhã.
Será que algum dia terei ao meu lado algo mais que o próprio ar?
Algo mais respirável. Por agora não tenho respostas a essa mesma dúvida.
Espero encontrar a solução na curiosidade patente no meu olhar esverdeado.
Não sou mais que outro ser.
Sou mais uma história para contar.
Na Lua não necessito de máscaras.
Por vezes uso-as em solo terreste para que saia vitorioso,no entanto não dá certo.
Apenas questiono: Onde está a tal peça do puzzle?
PAUSE.
A vida é um jogo.

Moonboyº