quinta-feira, 15 de março de 2012





Nunca me imaginei a pensar acerca do valor da minha própria imaginação.
São 3:20 e daqui a nada já voaram 10 minutos.
Assim passa o tempo.
Não vai de comboio, nem de avião, nem de barco e muito menos de carro.
Ele voa dentro dos próprios limites espaciais e funcionais.
Em nós existe a chance de o fazer livremente.
Somos pequenos nadas à procura de sonhos.
Circulamos diariamente com ou sem propósitos. Um deles é futuro.
Palavra complexamente fugaz na qual reside a construção de um plano pré-definido.
É uma sombra de um presente ditado por um passado.
Por vezes penso que esta maratona não faz qualquer sentido e porventura até tenho razão, porém essa não é uma possibilidade isolada.

Respiro o mar para os momentos em que a razão fala mais alto que os próprios sentimentos.
A sensibilidade que carrego faz de mim o vento que desliza durante a noite.
A cegueira que em mim reside é fruto da respiração que nunca consegui suster.
Quando o dia parecia mais longo a Lua resolvia fugir por tempo indeterminado.
"O tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem".
O meu marca as 3 horas e os 37 minutos.
E assim saltaram segundos agitados e minutos gritantes.
Sem receios, posso afirmar que sou loucamente apaixonado por surpresas.
Concretizá-las equipara-se à construção de um caminho.
É verdade, também gosto de as receber, mas isso já não depende de mim!

Não me interessa saber para onde vamos, nem como vamos.
Importa-me sim, saber com quem vamos.
Interessa-me absorver a intensidade escondida no entrelaçar da mão de duas vidas.
o hoje e o amanhã desenham-se sobre momentos e desafios.
o ontem é apenas um rascunho destes pedaços actuais.
Está na hora. Pega na chave e sorri.
Vamos juntos!

segunda-feira, 12 de março de 2012


"A vista não se sacia de ver, nem o ouvido se farta de ouvir."


Mais uma vez, a noite apoderou-se dos meus sentidos.
Estes já flutuavam num mar de saudades junto ao cais.
Sinto-me pequeno e com medo. Não pareço o mesmo.
Dia para dia tento esconder o meu olhar de próximos roubos amorosos.
Por vezes sinto que sou o "fim de mais um dia".
Agarro-me aos sonhos e aos factos irreais.
Continuo perdido no desejo de encontrar uma peça de um puzzle que me possa completar.
É difícil. Eu próprio me tornei num explorador exigente e ponderado.
Todavia sei de uma pequena verdade:
são estes desafios que nos tornam curiosos e é essa mesma curiosidade
que nos bombeia o coração.