sexta-feira, 10 de junho de 2011

PLAY


Manuel Duarte Chau Rocha.


START.

Sempre tive o desejo insaciável de me descrever.
Nunca consegui fazê-lo até hoje.
Só o acto de reflectir perturbava essa descrição.
Os meus sentimentos andam perdidos num corredor hospitalar à espera de tratamento.
Ultimamente tenho apenas registos de um estranho vazio coberto de poeira lunar.
Estou a precisar de me preocupar com a outra peça do puzzle que não encontro.
Não posso procurar.
Tenho de agir com naturalidade para que ela brevemente me complete.
É complexo absorver o que sou e o que não sou.
Palavras como: "Teimosia","Sensibilidade","Vaidade","Bipolaridade" ilustram uma parte de mim.
Ao que parece já ninguém valoriza essas mesmas.
Guardo em mim pequenos segredos.
Outros de maior dimensão escondo nas crateras da Lua.
Ainda me recordo do "Mundo Perfeito" em que vivia enquanto criança.
Não me divertia apenas.Todas as expressões era bem mais salientes e mais partilhadas.
Quem é que liga a elas nos dias que correm mais depressa que as correntes marítimas?
Sonho muito com o dia de ontem.
Tento viver o dia de hoje tanto como o que passou.
Preocupo-me com o dia de amanhã.
Será que algum dia terei ao meu lado algo mais que o próprio ar?
Algo mais respirável. Por agora não tenho respostas a essa mesma dúvida.
Espero encontrar a solução na curiosidade patente no meu olhar esverdeado.
Não sou mais que outro ser.
Sou mais uma história para contar.
Na Lua não necessito de máscaras.
Por vezes uso-as em solo terreste para que saia vitorioso,no entanto não dá certo.
Apenas questiono: Onde está a tal peça do puzzle?
PAUSE.
A vida é um jogo.

Moonboyº

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